Desde 2004, o Governo do Amazonas vem tentando trazer esta reunião para o Brasil. Após o Amazonas apresentar a melhor proposta dentre cinco países, em 2008 o Estado ganhou o direito de sediar o evento.
Para o presidente do comitê técnico-científico do evento e secretário de políticas públicas da Sepror, Edson Barcelos, o manejo do jacaré deve ser feito de maneira que beneficie as populações ribeirinhas. “O jacaré tem grande potencial econômico para comercialização de peles, carne e couro. Já que temos uma grande densidade populacional no Estado, é possível manejarmos de maneira sustentável e ao mesmo tempo garantir emprego e renda”, destaca.
O Brasil é o maior detentor de espécies de crocodilianos no mundo, possuindo em sua fauna seis espécies: jacaré do papo amarelo, jacaré do pantanal, jacaretinga, jacaré-açu, jacaré-coroa e jacarepaguá, sendo estes quatro últimos encontrados no Amazonas.
Segundo a engenheira florestal, Sônia Canto, o número de pesquisas no país e em especial no Amazonas ainda é incipiente. “No Brasil, temos apenas cinco especialistas em crocodilianos, por isso o encontro pretende despertar nos estudantes, o interesse nesse grupo de espécies. Além disso, pouco se conhece sobre o comportamento e demais atributos dos jacarés amazônicos”, ressalta.
Desde o último domingo (12), mais de 100 especialistas em crocodilianos estão em Manaus reunidos para o 20º Encontro do Grupo de Especialistas em Crocodilianos. É a primeira vez em quarenta anos que encontro é sediado no Brasil. O evento, que acontecerá até sexta-feira (17), é uma parceria do Governo do Estado por meio da Secretaria de Estado da Produção Rural (Sepror) com o Crocodile Specialist Group (CSG) e outras instituições.
O manejo sustentável quebra a caça ilegal, de acordo com o pesquisador da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), “porém deve haver um casamento entre o conhecimento da população ribeirinha aliada com a pesquisa cientifica”, sugere Silveira.
Paralelamente ao evento, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), discutirá os avanços das pesquisas com jacarés e o status populacional do jacaré-açu, com vistas ao manejo comercial em bases sustentáveis dessa espécie.
Fonte: Agecom Foto Ilustração
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